Janeiro 16, 2023

Os 2,7 mil milhões de dólares investidos em investigação e as décadas de trabalho árduo aproximam a comunidade DT1 de uma cura

Graças aos avanços recentes, as pessoas com diabetes tipo 1 (DT1) poderão vir a libertar-se dos monitores de glicose e das injeções de insulina durante vários anos – ou até décadas. O Programa de Terapias Celulares da JDRF investe em investigação e ensaios clínicos para desenvolver e disponibilizar terapias transformadoras que recolocam as células produtoras de insulina nos corpos das pessoas que sofrem de DT1.

A JDRF lidera a procura de uma cura para a DT1 desde 1970, altura em que duas famílias fundaram a organização com o objetivo de desenvolver curas para os seus filhos. Aaron Kowalski é o atual diretor executivo da JDRF, mas dedicou muitos anos da sua vida como membro e, posteriormente, como líder da equipa científica da organização. Embora trabalhe profissionalmente na área da diabetes há muitos anos, a sua família é afetada pela doença há ainda mais tempo – mais de 40 anos.

“O meu irmão Stephen foi diagnosticado com diabetes tipo 1 em 1977, quando tinha 3 anos de idade, e começou a tomar duas injeções diárias de insulina animal e a fazer testes de glicose à urina. Eu fui diagnosticado em 1984, quando tinha 13 anos”.

JDRF International CEO Aaron Kowalski, Ph.D

Embora tenhamos assistido a avanços importantes nas tecnologias de tratamento e gestão da DT1, ainda não foi descoberta uma cura. Uma forma conhecida de deter a doença é substituir as células beta destruídas por células produtoras de insulina, protegendo estas últimas para que possam funcionar durante muito tempo.

Milhares de pessoas com DT1 conseguiram normalizar os níveis de açúcar no sangue através de transplantes. No entanto, esta tecnologia continua limitada a um número muito restrito de pessoas, devido à dificuldade de produzir células beta e à necessidade de alcançar imunossupressão crónica.

A terapia de substituição celular tem sido uma área importante para a JDRF, e o mais recente avanço nesta área são os ilhéus derivados de células estaminais. A JDRF tem liderado a investigação com células estaminais desde o início, tendo fornecido mais de 150 milhões de dólares para esse efeito desde 2000. Agora, vários ensaios clínicos inovadores podem estar finalmente próximos de uma solução.

“Seria possível usar ilhéus derivados de células estaminais como uma fonte ilimitada, permitindo, em teoria, que todas as pessoas com diabetes tipo 1 beneficiassem desta terapia”.

JDRF International CEO Aaron Kowalski, Ph.D

A JDRF e o JDRF T1D Fund (um veículo de filantropia de risco fundado em 2016) acreditam que a concorrência promove a inovação e que “vários remates à baliza” são a abordagem mais adequada ao problema, pelo que fizeram vários investimentos avultados em tecnologias de substituição celular. O diretor executivo da JDRF acredita que a questão já não é saber se os transplantes de células estaminais estarão disponíveis para a comunidade DT1, mas apenas saber quando isso acontecerá.

“Nada teria mais impacto na nossa vida do que remover as bombas, largar as canetas de insulina e produzir novamente a nossa própria insulina. Sonho com isso todos os dias, para o meu irmão Steve, para mim, e para todas as pessoas afetadas pelo tipo 1”.

JDRF International CEO Aaron Kowalski, Ph.D